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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Um pouco sobre Spelljammer

O que é esse cenário tão diferente dentre os vários de Dungeons & Dragons que faz muitos jogadores e apreciadores do RPG olharem desconfiados? Devo admitir que inicialmente fiquei com o mesmo sentimento de desconfiança e regeição sobre esse cenário, mas sempre com um pouco de curiosidade, pois unia dois conceitos que gosto muito: Fantasia e Ficção-científica.
A era de ouro do RPG na minha região do estado do Espírito Santo (pelo menos na Grande Vtória) já havia terminado e uma vontade muito comum minha, bastante "quixotesca", começava a falar cada vez mais alto e pensei em estabelecer meu "last stand" nos encontros que ainda existissem abrindo minha singela "mesinha" de RPG. Só faltava escolher qual cenário a adotar, algum que fosse diferente, chamasse atenção e que também fosse novo para mim, produzindo um pouco de desafio.
Dessa forma arrisquei inverstir em Spelljammer; quem conhece um pouco de RPG sabe que ele é um inverstimento mesmo, de tempo; dinheiro; elaboração; procura de referências e materiais; bem como ficar com a cabeça funcionando horas pensando no cenário, dando atenção nos detalhes do mundo para que se consiga transportar o jogador para essa "realidade alternativa" que ocorre no pensamento. Pensando nisso tinha que também valorizar o material que tinha, o conhecimento e experiência que já acumulei, resolvi não mudar a edição do D&D que conheço, permanecendo na segundo edição, o AD&D. Não é dificil inferir que minhas mesas nem chamaram atenção nos encontros, porém isso não me abalou, só mostrava que eu deveria "procurar outras terras".
Permanecer nessa edição, com quatro outras atualmente sussetivas, produziu uma recusa por muitos, motivo de riso para vários e  para aqueles que são amigos um enigma, mas com um pouco de calma e explicação sobre meu ponto de vista a maioria pareceu aceitar.
Atualmente todos que jogam a campanha de Spelljammer estão compromissados com a família, trabalho e filhos, por isso pensamos em um formato de jogar um pouco diferente, onde priorizamos as aventuras oficiais lançadas pela editora TSR e as que foram publicadas pelas revistas Dragon Magazine e Dungeon Magazine. Dessa forma temos uma saga para iniciar e terminar, além de menos trabalho para o DM, pois assim bastava ler e se familiarizar com a aventura pronta e narra-lá o melhor possivel. Outra idéia que nos ocorreu é que praticamente todos são GM's e possuem seus cenários favoritos, por isso ao terminar uma saga, abrimos espaço para outra, dessa forma testamos novos/antigos sistemas e cenários.
O cenário de conecxão que é Spelljemmer me apresentou possiblidades para a maioria do outros cenários de D&D, dessa forma além de ter um tema próprio possui uma forte ligação com Forgotten Realms, Dragon Lance e Greyhawke, podendo ser incorporado vários outros, com seus devidos ajustes.
Narrando as aventuras oficiais o cenário de Spelljammer se amplia ainda mais, algumas aventuras são verdadeiros mini-cenários que ampliam a campanha, não somente de esferas, mas também com NPC's e tramas das mais variadas. Tive a experiencia de perceber de como o preconceito estava presente no Spelljammer (inclusive o meu!) e que cenário fantástico estava em mãos!
No momento em que escrevo esse texto, o grupo está para chegar na penúltima aventura "Heart of the Enemy", onde seguiremos para "Under de Dark Fist" e assim encerrando o arco de aventuras oficiais... Mas como ainda existem algumas perdidas nas revistas, possivelmente voltaremos às aventuras no "wild space", o céu não é mais o limite!